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Festa e Romaria da Soledade.

Em Bom Jesus da Lapa a devoção a Nossa Senhora da Soledade foi introduzida por Francisco de Mendonça Mar, quando em 1691, chegou ao “Morro Itaberaba”, trazendo junto a imagem do Bom Jesus, à imagem da Mãe da Soledade, à qual ele prestou uma homenagem, quando foi ordenado, passando a chamar-se Padre Francisco da Soledade.
O culto a Nossa Senhora da Soledade, no Santuáriodo Bom Jesus da Lapa, foi interrompido, após o incêndio de 1903, e só retomado, em definitivo,  no  ano de 1952, com a chegada da imagem, em tamanho natural, que o Monsehor Turíbio Vilanova, reitor do Santuário nos anos de 1933-1956, mandou trazer do Rio de Janeiro, a qual se encontra na Gruta da Soledade.
Neste ano de 2011, a Romaria da Soledade, entre os dias 08 a 15 de setembro, refletiu sobre o tema: SOLEDADE COM AS FAMÍLIAS AOS PÉS DA CRUZ e contou com a presença de milhares de romeiros, lapenses e alguns artistas locais que saudaram Nossa Senhora nas noites do Setenário. Entre eles: Régila Leite, Leila Santos, Sócrates Rocha, a dupla Ailton Mendes e Fábio Costa, Paulo Araújo, Tunga Marques e a dupla Amando Castro e César Casto.
Tudo isso para tornar a festa da Soledade mais participativa e regada com a presença dos filhos da terra. Sem sombra de dúvidas,  aos lapenses foi confiada a guarda da devoção ao Bom Jesus e a Nossa Senhora da Soledade guardada na “Igreja de Pedra e Luz”.
Os pregadores do setenário foram: Dom César Teixeira, bispo de Bom Jesus da Lapa/BA, Pe. Gilberto (Gil) Reis, diretor do Instituto de Teologia de Ilhéus e Dom Ceslau Stanula, bispo de Itabuna/BA. Alem do tema central, vários temas relacionados as dores do cotidiano das famílias foram abordados. Entre eles: o seqüestro e trafico de crianças e adolescentes para venda de órgãos e prostituição internacional;; os Herodes modernos que continuam matando crianças personalizados nas drogas, na violência e na marginalidade; etc.
A festa contou com a participação numerosa de romeiros e visitantes, mesmo considerando que há um mês, celebramos a grandiosa festa do Bom Jesus da Lapa.  Com isso, vai se consolidado o período extensivo e intensivo de visitação ao Santuário. Fruto da divulgação nas mídias, nas campanhas de publicidade e da participação nas exposições e encontros regionais e nacionais de turismo religioso.
Vale lembrar que as celebrações do Setenário foram muito bem preparadas pelas equipes responsáveis e as encenações sobre as dores de Nossa Senhora preencheram o olhar reflexivo dos participantes.
Contudo, a cidade, como é do conhecimento de todos, continua despreparada para acolher o grande número de visitantes que recorrem às suas estruturas de acolhimento: rancharias, pousadas, hotéis, restaurantes, bares, mercados, feiras livres, locais de visitação, etc.
Há, ainda, a necessidade de ordenamento do trânsito, que fica truncado no centro da cidade e dos vendedores ambulantes, que precisam de um espaço determinado e exclusivo, tipo camelódromo.
Também há necessidade de uma cultura de reeducação da romaria tanto para os lapenses que vivem da romaria como para os visitantes que fazem a romaria. Isso, no que tange alguns pontos críticos: a cultura da higiene e limpeza do espaço público; a poluição sonora e visual; as condições das acomodações nas hospedarias e de acessibilidade; a exploração comercial e psicologia dos visitantes, etc.
Quanto à estrutura física da romaria, este ano, foi visível o apoio da Prefeitura Municipal na manutenção de seguranças nas ruas centrais da cidade e a permanência dos médicos no ambulatório do Santuário, durante  os dias do Novenário e do Setenário.
Contudo, há necessidade de ampliação de alguns espaços e desobstrução de outros.  Mas, o Santuário está à espera e sinalização do Governo do Estado quanto à agilização ou a realização de alguns projetos que tocam a ampliação da Esplanada do Santuário e adjacências.
Entretanto, a partir do Santuário, algumas melhorias são realizadas: requalificação da entra da gruta dos milagres, construção do auditório para os encontros de coordenadores de romarias e reuniões de grupos afins da cidade, implantação de um sistema de segurança monitorado, instalação de câmeras para a transmissão via internet, etc. Além disso, outros projetos são pensados e elaborados para um futuro muito breve.
Pe. Roque Silva Alves CSsR
Reitor do Santuário

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